Tipos de iscas para pesca: saiba qual é a ideal para cada peixe
Separar uma data no calendário para sentar em um barco e relaxar enquanto pega alguns peixes: este é o programa perfeito para os amantes da pesca. Além de ser uma atividade relaxante e um estímulo à paciência, a pesca esportiva pode proporcionar um sentimento de paz em meio à natureza, e um momento de descontração com os amigos.
Embora seja uma atividade relaxante, nenhum pescador quer ficar para trás, sem pegar nenhum peixe. Neste caso, saber os tipos de iscas de pesca é fundamental para garantir a fartura.
Reunimos algumas informações sobre as principais e como escolher cada uma. Confira!
Iscas naturais x iscas artificiais
As iscas costumam ser classificadas pelos pescadores como naturais ou artificiais. No primeiro caso, são feitas de elementos orgânicos e atraem os animais principalmente pelo cheiro, ou por já serem presas comuns.
As iscas naturais exigem alguns cuidados: para se transportar animais vivos, é preciso ter os equipamentos térmicos corretos. Além disso, na hora de prendê-las ao anzol, também pode ser muito importante o uso do elastricot, um fio de elastano flexível que fica bem fixo ao anzol, permitindo mais liberdade na hora do lançamento.
As iscas naturais mais comuns são peixes pequenos (lambari, sardinha e tambiú), frutos do mar (camarão e lula) moluscos (corrupto, tatuí e lesmas), minhocas e massas – feitas de frutas, legumes, vegetais, farinha e outros ingredientes.
Já as iscas artificiais são feitas de materiais sólidos (madeira, plástico ou metal) e costumam imitar os animais aquáticos com o objetivo de atrair os peixes pela movimentação e pela cor.
Tipos de iscas artificiais
As iscas artificiais são divididas em três principais grupos: iscas de superfície, iscas de meia água e iscas de fundo. Esses termos se referem ao comportamento dos peixes com relação ao seu habitat, ou seja, a parte do rio, lago ou mar em que costumam viver.
A escolha está diretamente ligada com esses hábitos. Ao utilizar uma isca de superfície, por exemplo, ela ficará posicionada na parte superior da água, atraindo peixes que circulam por essa região. O mesmo vale para os outros tipos.
Além disso, também é importante destacar que, de modo geral, os peixes atacam as iscas por motivos específicos. Os principais são instinto, fome, territorialismo, para a proteção da prole, competição com outros peixes, irritação ou simplesmente por curiosidade.
Ou seja, é fundamental também ter conhecimento sobre quais espécies podem ser encontradas em determinado local da pesca, e saber que cada peixe possui a sua isca preferida, ou simplesmente ataca uma isca específica em um determinado momento.
Tendo em mente essas informações, o próximo passo é escolher a melhor isca artificial para a ocasião em que se encontra. Veja a seguir como fazer essa escolha!
Iscas artificiais para a superfície
Essas iscas de pesca devem ter alta flutuabilidade, para que se mantenham na superfície e à vista do pescador. Para utilizá-las, é muito importante que o pescador saiba trabalhar o molinete ou carretilha, fazendo movimentos que atraiam os animais para a parte superior da água.
As iscas de superfície são aquelas que chegam a apenas 30 centímetros de profundidade, possibilitando ao pescador ver de perto o ataque dos peixes. Veja algumas das principais:
Stick
Iscas do tipo stick imitam o nado de um peixe ferido, considerado presa fácil na natureza. No entanto, elas dependem muito da habilidade do pescador. Com pequenos toques, ele deverá mexer a vara dando pausas – isso representa um peixe em agonia.
Mais indicadas para a superfície, as sticks não devem ser usadas se, no local de pescaria, estiver ventando muito. Isso porque a água agitada impossibilitará que a isca tenha o efeito desejado.
Sputnik
Assim como as iscas stick, as sputniks não têm ação própria, ou seja, dependem da habilidade do homem. Elas devem ser trabalhadas alternando impulsos de energia com repousos na posição horizontal, na superfície. Seu desempenho também é prejudicado se o local da pescaria estiver recebendo ventos intensos.
Popper
Podendo ser usada tanto na superfície quanto em meia água, são excelentes para a pesca de peixes de passagem. A isca do tipo popper, que tem a boca chanfrada, consiste em um peixe de borracha que oculta o anzol e se contrai no momento em que é fisgado.
Quando executada a técnica de movimento correta, essa isca se parece com um pequeno peixe caçando pela superfície, atraindo predadores como traíra, trairão, tucunaré, matrinxã, dourado, tilápia e xaréu.
Iscas artificiais de meia-água
As iscas de meia-água, como o próprio nome diz, foram feitas para trabalhar entre a superfície até cerca de 1,20 metro de profundidade. A maior parte delas possui barbelas, com o objetivo de imitar o movimento de nado dos peixes.
Dentre os tipos de isca artificial, são as menos comentadas, apesar de terem alto potencial de fisga. Assim como na superfície, é essencial saber trabalhá-las, ou você não conseguirá a atenção do peixe.
A principal dica é conseguir equilibrar os toques com a carretilha ou molinete e o peso da isca, que naturalmente empurra ela para a superfície.
Deep runner
Iscas do tipo deep runner são ideais para fisgar os peixes que habitam médias e grandes profundidades, como em fundos de pedra, troncos caídos, galhos submersos, entre outros. Feitas de plástico, elas possuem um acabamento extremamente realista.
O legal dessa isca é que ela pode tanto flutuar (ação floating) quanto afundar (ação sinking) lentamente. O comprimento da barbela é quem vai definir a profundidade máxima que ela pode atingir.
Você pode recolhê-la continuamente, fazendo com que atinja sua velocidade limite, ou intercalar os movimentos com pequenos toques na vara, a fim de deixá-la subir um pouco.
Iscas artificiais de profundidade
Estão entre as melhores iscas para pescar no mar. A grande questão de utilizá-las é a falta de visão que o pescador pode ter, especialmente se a água não estiver tão cristalina. Portanto, será necessário trabalhar esse item com calma.
Dica: para ter uma noção do quanto essas iscas podem afundar, antes de sair para a pesca, treine em águas cristalinas, seja de uma piscina ou de um rio mais límpido. Assim, você terá uma maior noção de como ela está se comportando na água, mesmo sem conseguir ver.
Ao fazer o arremesso, espere alguns segundos, contando em voz baixa, para que a isca possa atingir o fundo e chamar a atenção dos peixes que você pretende capturar.
Se o pescador tem a intenção de pegar peixes que moram em locais de maior profundidade, como os badejos, robalos e garoupas, será necessário utilizar iscas que alcancem o fundo do mar. Veja alguns exemplos:
Verme de plástico
Este é um dos tipos mais comuns de isca e, como o próprio nome diz, é semelhante a verdadeiros vermes. Embora também seja comum a sua utilização para a superfície, ele também é utilizado para os peixes do fundo das águas.
Possui diversas cores e tamanhos para pegar diferentes tipos de peixe, como o peixe-lua, crappies (iscas menores) e o achigã (iscas maiores). Os melhores lugares para utilizar os vermes de plástico são: perto de vegetação rasa, como ervas daninhas, em áreas rochosas e em madeira, próximo a docas.
Jigs
Este tipo de isca é bastante versátil, podendo ser utilizado tanto para peixes de fundo quanto para peixes de passagem, de água doce ou salgada.
Dentre os modelos, temos as jigs de pena/cerdas, que vêm acompanhadas de uma pena ou de cerdas de silicone em uma das pontas, sendo excelentes para a pesca de tucunarés e robalos. Outro modelo é a jumping jig, uma isca de chumbo, mais pesada, utilizada para a pesca em águas mais profundas, para peixes como olho-de-boi e garoupas.
Spinner bait
É o modelo mais indicado para locais onde há vegetação em que outras iscas podem se prender, sendo este o local favorito das traíras. A spinner bait lembra muito um alfinete aberto, possuindo uma ponta mais pesada, simulando um peixe, com um ou mais anzóis. A outra ponta possui lâminas cujo movimento causa uma vibração que atrai os brutos.
Além de ser boa para a pesca de traíras, a spinner bait atrai também trutas, black bass e dourados.
Colher
Tem esse nome pelo formato semelhante ao do talher. Embora seja um modelo simples, essa isca é bastante eficiente, principalmente pela sua cor metalizada, que reflete a luz e atrai os peixes.
A colher é utilizada para a pesca em águas mais profundas, perfeita para peixes como traíra, tucunaré, dourado e matrinxã. Porém, é aconselhável utilizá-la com um girador, para que a linha não enrole.
É sempre bom ter mais de um modelo desses para as diferentes situações. Atentando-se a essas informações, a fartura na pesca esportiva será muito maior. Embora a isca seja peça fundamental para a pescaria, é importante ter também outros equipamentos básicos para a pesca e para a segurança pessoal.
Dica extra: como escolher a cor da isca artificial
Se você já reparou bem nas iscas artificiais, viu que, além dos modelos diferentes, elas também apresentam uma grande variedade de cores. Isso não é à toa: os peixes enxergam cores até melhor que os seres humanos, e a escolha correta desse fator pode influenciar diretamente na sua pescaria.
Segundo pesquisas recentes, as cores que mais instigam a visão dos peixes são as fluorescentes, pois reluzem debaixo d’água. Se você está em dúvida sobre qual isca escolher, opte preferencialmente por tonalidades como verde-limão, laranja e rosa.
Há muitos outros detalhes que podem influenciar na escolha de cor, como os tons que irritam cada tipo de peixe e as técnicas de cada pescador. Como tudo na pesca, a prática leva à perfeição, por isso, vá treinando até encontrar o equipamento perfeito para você.
São muitos os tipos de isca de pesca, e a escolha pode ficar um pouco confusa para quem ainda não tem muita experiência. Porém, basta seguir as nossas dicas sobre tipo, profundidade e cor e partir para a briga.
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