Peixe-Palhaço
O peixe-palhaço é certamente um dos peixes de água salgada mais fantásticos que temos na natureza. Essa espécie de peixe ficou para sempre imortalizada após o filme Procurando Nemo da Pixar em parceria com a Disney, ganhador do Oscar de Melhor Animação no ano de 2004. Esse é o primeiro artigo sobre um peixe ornamental de água salgada aqui no site. Abaixo, conheça mai
s sobre o Peixe-Palhaço e descubra as peculiaridades desse belo ser!
Características do Peixe-Palhaço
Nome científico do Peixe-Palhaço: Amphiprion ocellaris. Peixe-palhaço, peixe-das-anêmonas (ou Nemo) é o nome vulgar das espécies da subfamília Amphiprioninae na família Pomacentridae. Existem cerca de 17 espécies, uma das quais pertence ao gênero Premnas, pertencendo os outros ao gênero tipo Amphiprion.Deve o seu nome à forma desalinhada como nada. Os gêneros Amphiprion e Premnas são morfologicamente similares, sendo peixes pequenos, com dimensões variando de 5 a 16 cm de comprimento. O corpo, de uma forma geral, é ligeiramente robusto com um perfil ovalado, apresentando escamas ctenóides e boca protrátil, com dentes diminutos. Possui apenas uma nadadeira dorsal alongada, que se estende por toda a região dorsal do corpo. Em alguns, essa nadadeira é alongada até o pedúnculo caudal. As nadadeiras peitorais, ventrais e caudal têm formato arredondado, podendo ser semitransparente ou contornadas por bordas escuras.
As espécies de peixe-palhaço são nativas de uma vasta região compreendida em águas tépidas do Pacífico, coexistindo algumas espécies em algumas dessas regiões. São famosos devido à relação ecológica de proto-cooperação que estabelecem com as anêmonas-do-mar ou, em alguns casos, com corais.
Esses peixes emitem sons diferentes dos barulhos produzidos por outras espécies. O papo inclui estampidos e um tipo de canto misterioso. Os sons são produzidos por tendões na boca e talvez só existam nessa espécie. Para “falar”, eles abrem a boca e levantam a cabeça. Aí os tendões se esticam e dão um estalo, forçando a boca a se fechar. O peixe-palhaço não tem medo de ser exibido e, quando está em perigo, corre para casa. É que ele mora no meio das anêmonas, que são animais cheios de tentáculos venenosos. Se algum inimigo se atreve a segui-lo, logo é atingido pelo veneno, fica paralisado e é devorado pela anêmona. Esse veneno não faz nada ao peixe-palhaço, que ajuda a anêmona, limpando os restos de alimentos que ficam entre os tentáculos. Além disso, ele a protege, pois vai para cima dos peixes-borboletas, que atacam a anêmona. Mesmo pequeno, é tão valente e agressivo que assusta os invasores.
Peixe-Palhaço – Alimentação
É um peixe omnívoro que se alimenta particularmente de gambas e de mexilhões. Entre as suas diversas espécies, também encontramos herbívoros e outros que só se alimentam de plâncton. A alimentação no ambiente natural é composta basicamente de pequenos crustáceos copépodos, larvas de tunicados e algas.Entretanto, em cativeiro não fazem questão de uma alimentação rígida, aceitando bem alimentos industrializados para peixes ornamentais marinhos e patês à base de pescado. Alimentá-los no mínimo três vezes ao dia com intervalos de 4 horas tem mostrado resultados satisfatórios e condições de se desenvolverem de forma saudável com grandes possibilidades de desovas regulares.
Habitat do Peixe-Palhaço
Distribuição Geográfica: Os peixes-palhaço, de uma forma geral, são nativos dos Oceanos Índico e Pacífico, sendo encontrados em grande parte do sudeste asiático, Austrália e em ilhas ao sul do Japão. A diferenciação na ocorrência biogeográfica se deu na espécie A. ocellaris, primeiramente por coletas feitas nas Ilhas de Sumatra, Indonésia, enquanto A. percula foram coletados na Nova Inglaterra e parte de Papua Nova GuineaPeixe-Palhaço em Aquário – é possível?
Do ponto de vista de criação, praticamente todas as espécies de peixes-palhaço podem ser reproduzidas em cativeiro, muito embora somente algumas sejam exploradas comercialmente devido à alta demanda por parte dos aquaristas.Em cada aquário são colocados vasos de argila ou tubos de PVC de 50 mm de diâmetro, onde serão introduzidos nos tanques, criando um ambiente propício para a segregação sexual dos casais, bem como área de refúgio para estes. Peixes palhaço costumam se refugiar em seus abrigos quando são criados em ambiente com grande movimentação externa de pessoas circulando.
Reprodução do Peixe-Palhaço
A reprodução do peixe-palhaço é muito complexa. Várias espécies vivem juntas perto da mesma anêmona. O maior exemplar é sempre uma fêmea e o segundo, por ordem de tamanho, é sempre o macho reprodutor. Todos os outros peixes são machos em estados diferentes de maturidade. Se a fêmea morre, o macho transforma-se em fêmea e o segundo peixe-palhaço maior se converte no macho reprodutor.Incrível, né?
Em ambiente de criação os criadores utilizam os casais de peixes palhaço que se segregam naturalmente para formação de plantéis. Portanto, os criadores que estão preparando plantéis para formação de casais, devem ficar atentos ao crescimento diferenciado das fêmeas, sempre maior que os machos. No momento da separação destes, vale o cuidado para não incluir um indivíduo do qual ela não tenha escolhido como o parceiro para formação do casal. Geralmente o indivíduo macho escolhido pela fêmea “alfa” é muito parecido em termos de tamanho com os outros indivíduos do grupo.
A própria agressividade da fêmea manifesta-se em machos menores e hermafroditas protândricos, ou seja, indivíduos que possuem gônadas que atuam como ovários e/ou como testículos, sendo essas gônadas primeiramente funcionais como machos.
O macho maior do grupo inibe o amadurecimento sexual dos outros pré-adultos, mantendo estes em um estado de intersexualidade. Se porventura a fêmea alfa ou líder “ativa” desaparecer, o macho maior do grupo completa sua inversão sexual, passando a produzir somente ovócitos e se tornando fêmea por definitivo.Esses fenômenos não acontecem em criações comerciais, uma vez que o criador atento a esse comportamento procura separar o casal que segregou-se naturalmente. É importante que os casais que vão se formar estejam em maturação em um único tanque que tenha vasos de cerâmica ou canos plásticos, de forma que sirvam de abrigos para, no momento da segregação, serem separados mais facilmente. A própria agressividade da fêmea manifesta-se em machos menores e hermafroditas protândricos, ou seja, indivíduos que possuem gônadas que atuam como ovários e/ou como testículos, sendo essas gônadas primeiramente funcionais como machos.