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Peixe Kinguio ou Japonês

Peixe Kinguio ou Japonês


No artigo de hoje vamos falar sobre o peixe Kinguio ou Peixe Japonês. Os kinguios são peixes que diferem em muito de outras espécies para aquariofilia: são peixes que vivem muitos anos (entre 20 e 30 anos), crescem bastante e por isso precisam de espaço. Leia aqui sobre seu habitat, alimentação, reprodução e diferentes tipos de peixe Kinguio.


Informações gerais

Espécie: Carassius auratus
Kinguios quando adultos precisam de 50 litros de água por peixe, boa oxigenação, pouco movimento e principalmente boa filtragem, precisam de espaço  porque podem  passar de 30cm. Pelo fato de sujarem bastante a água, necessitam de boa qualidade de água para se desenvolverem. São  peixes lentos, devido as mudanças que sofreram durante estes anos de seleção genética, muitos tem uma deformação muito grande na coluna vertebral, o que os deixou lentos.
É chamado também de Japonês e Peixe-dourado (goldfish), o Kinguio teve sua origem na China. Os primeiros registros sobre este peixe datam do período entre as dinastias Chun (265- 419 d.C.), e dinastia Tang (618-907 d.C.). São uma espécie domesticada da Carpa “Gibel”, de cor predominantemente verde-oliva, e apresentam outras cores e formas.
Inicialmente as Carpas Gibel eram criadas nos monastérios budistas, Alguns séculos mais tarde, o imperador chinês Zhao Gou construiu vários jardins na cidade de Hang Zhou, foram então colocadas carpas de todas as regiões da China. Ocorreram diversos cruzamentos que originaram os primeiros Kinguios brancos e vermelhos, assim como algumas variações hoje conhecidas.
A criação dos Kinguios teve um grande desenvolvimento na dinastia Ming. Neste período, os peixes passaram a ser criados em aquários. A criação em aquários possibilitou a seleção e a sobrevivência de espécies que antes não tinham condições de sobreviver nos tanques. Originaram-se então os Kinguios que hoje conhecemos por Red Cap, Telescópio, Cauda-de-foguete, Cálico e Ovo (sem nadadeira dorsal), entre outros.
A exportação para o Japão foi por volta de 1610, os japoneses então desenvolveram diversas técnicas de reprodução, surgindo novas variedades como o Oranda, o Celestial, o Pompom e o Shubunkin (ou Brocado Vermelho).

Habitat

O kinguio é descendente de uma carpa selvagem conhecida por Carassius auratus. Sua origem é chinesa

Alimentação

Apreciam vegetais, como pepino, mostarda, alface, agrião, espinafre, acelga, alga nori, lentilha d’água, salvínia e elodea. Já o brócolis a couve-flor e até ervilhas precisam ser cozidos. Existem rações específicas para a espécie da Alcon e Tetra, apreciam também alimentos vivos como artêmias, e até pequenos peixes, minhocas e Blood worms que possuem alto teor de proteinas. Como todo peixe em cativeiro, devem ser alimentados alimentos 3 vezes ao dia, manhã e tarde todos os dias.

Reprodução

A reprodução dos Kinguios não é difícil, acontece com a chegada da primavera, entre agosto e setembro. A diferença entre machos e fêmeas é bem aparente. As fêmeas geralmente apresentam o ventre mais volumoso, já o macho mostra pequenos pontos brancos, semelhantes a grãos de areia, principalmente ao redor do opérculo (estrutura que protege as brânquias), e também nas nadadeiras peitorais e na cabeça. Estas saliências são chamadas de “órgãos de pérola” e são utilizadas pelo macho para estimular a fêmea durante a corte.
Os kinguios precisam de um bom volume de água para reprodução, algo em torno de 70 litros, o ideal é colocar dois machos e uma fêmea, tendo assim um maior percentual de ovos fecundados, a altura da coluna de água deve ser de 25 a 30 cm, a temperatura entre 22 e 24 graus, e pH ligeiramente alcalino 7.0 e 7.5. Plantas flutuantes como Aguapé e Alface d’água são fundamentais, já que os ovos ficarão aderidos as raízes destas plantas. É no início da manhã que a desova acontece. Ha uma grande agitação na água, o macho tenta a todo custo levar a fêmea para a superfície, junto às plantas flutuantes. A fêmea libera os óvulos, que ficam aderidos às raízes e folhas das plantas flutuantes, em seguida os machos se encarregam de fecundá-los, podendo levar horas, pois a fêmea de Kinguio pode liberar de 500 a 1000 óvulos.
Para evitar que comam os ovos ou os filhotes, os pais de devem ser retirados, ou remover a vegetação com os ovos para outro aquário, com a mesma água do aquário que estavam.
Os ovos quando fecundados são transparentes e nota-se dois pontos pretos, que são os olhos dos filhotes. Os ovos eclodem entre 3 e 10, dependendo principalmente da temperatura e da qualidade da água.

Doenças do Peixe Kinguio

As doenças mais comuns nos kinguios podem ser contagiosas se não forem tratadas a tempo. A maioria dos kinguios se recupera ser for tratado adequadamente. Doenças como a boca de algodão, hidropisia, as nadadeiras roídas, vermes, ictio e pele de veludo, são as que geralmente afetam os kinguios.

Tipos de Peixe Kinguio

Kinguio Comum

Apresenta cor laranja brilhante, mas pode ser encontrado nas cores vermelha ou amarela. Sua barbatana dorsal é longa, mas baixa. As demais são bastante parecidas às da carpa original. Possui barbatana caudal levemente bifurcada.

Kinguio Cometa Véu

Possui as maiores barbatanas entre os Kinguios. A barbatana caudal, apesar de dupla, não possui uma bifurcação entre os lóbulos. Tem varias cores diferentes, entre elas, lisas ou malhadas. Nada lentamente, devido ao peso das barbatanas.

Kinguio Bolha ou Olhos de Bolha (Shuihogan)

Tem duas bolsas sobre os olhos, cheias de fluidos corporais, devem ser manuseadas com muito cuidado, caso contrário, estouram facilmente. Com a idade, as bolsas vão aumentando, tornando o peixe ainda mais lento. Apresenta cores vermelha, preta, ouro ou bicolor (branca e vermelha). Possui olhos vermelhos e não apresenta barbatana dorsal.

Kinguio Cabeça de Leão (Rantyu)

Apresenta o mesmo gorro dos Orandas (dos quais se originam), só que muito maior, tomando toda a cabeça, parte superior, laterais, inferior e frontal. Possui um corpo grosso, curto e arqueado e uma barriga saliente e gorda. Não possui barbatana dorsal e a caudal é dupla, curta e sempre armada. Pode apresentar várias cores, entre elas, lisas os malhadas.

Kinguio Celestial

Da mesma linhagem dos Telescópios, tem os olhos virados pra cima, para a superfície da água. Com isso, sua visão é bastante prejudicada, tem dificuldade em localizar até o alimento. Deve ser mantido em aquários somente com variantes iguais. Tem sua barbatana caudal dupla e não apresenta a barbatana dorsal.



Kinguio Escama de Pérola

Seu corpo apresenta forma de ovo. Possui cauda dupla. Apresenta coloração brilhante, devido às suas escamas serem maiores e muito mais grossas. Tem ainda uma coroa no topo da cabeça parecida com as dos Oranda, só que menor. Apresenta várias cores, entre elas, lisas ou malhadas.


Kinguio Oranda

Originários do cruzamento entre os Cabeças de Leão e os Véus. Apresenta a protuberância carnosa dos Cabeças de Leão, só que menor, e as barbatanas muito longas dos Véus


Kinguio Telescópio (Demekin)

Apresenta os olhos bastante saltados. Possui as pupilas protegidas por uma camada grossa de cristalino. Possui uma grande variedade de cores, como vermelha, vermelha e branca, cálica, preta e branca, marrom, lavanda e preta. Suas variantes são o Telescópio Preto (Black Moor) e o preto e branco (Panda Moor).


Kinguio fantail

O Kinguio fantail possui uma magnífica cauda de dois lóbulos, chamado também de hélice. Seu corpo é oval, e a barbatana dorsal bem desenvolvida.
Possui um grande numero de cores.



Entre muitas outras variações !

Tipo de Cabeças

Cabeça plana: Pequena em relação ao corpo, afinada de forma bem angular. Lisa, não apresenta protuberância alguma.
Cabeça Oranda: Apresenta uma carapaça gelatinosa no topo da cabeça, dando a impressão de um gorro. Nos Oranda, essa protuberância é bem delimitada, restringindo-se unicamente a região superior da cabeça.
Cabeça de Tigre: Apresenta a mesma carapaça gelatinosa dos Oranda, só que nesses , ela toma a cabeça toda, tanto nasparte superior como nas alaterais.
Cabeça de Leão: Apresenta a carapaça gelatinosa dos Cabeças de Tigre, sendo inclusive anatomicamente parecida com eles em tamanho, pois também cobre quase toda a cabeça do peixe. A diferença é que nos Cabeça de Leão, essas protuberâncias são muito mais irregulares (enrugadas) e cheias de pequenos “pompons” que nos outros.
Cabeça de Pompom: Apresenta a carapaça gelatinosa dos Oranda, inclusive pequena e bem delimitada como a deles. O que os diferencia é que esses têm duas”bolas” bem visíveis que crescem na região nasal; é uma protuberância formada por uma espécie de pele esponjosa.
Cabeça de Ganso: Apresenta a protuberância bastante parecida com os Cabeça de Tigre e os Cabeça de Leão; o que diferencia visivelmente o Cabeça de Ganso desses outros é que nele a protuberância é bem maior em tamanho.

Tipos de Caudas

Cauda Simples: Uma cauda normal, como a da maioria dos peixes, não apresenta muita diferença da cauda da carpa original
Cauda de Véu: Grande e dupla, acentuadamente caída em relação à linha do corpo.Em algumas espécies, chega a alcançar dois terços do tamanho do corpo. É frágil e suas extremidades são facilmente rasgadas.
Cauda Bifurcada: De tamanho médio, dupla e como sugere o nome tem uma forma de V bem acentuada.
Cauda de Mariposa: De tamanho médio, dupla e bem separada ao meio. Quando armada e vista pela parte traseira, forma o desenho bem definido de uma borboleta.
Cauda de Leque: Curta e dupla, uma cauda “dura”, com uma forma que lembra sutilmente um leque, vindo dai seu nome.
Cauda de Fênix: Muito grande e dupla. É praticamente marca registrada de uma variante que leva o mesmo nome (Phoenix)
Cauda de Pavão: Grande, dupla e sempre bem armada. Mais uma cauda única; exclusiva de uma variante chamada Jikin.
Cauda do Tosakin: Uma cauda raríssima. Grande, dupla mas sem divisão. Os três lóbulos são unidos, dando a impressão de um grande conjunto. Somente a variante chamada Tosakin a possui.