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ACARÁ DO CONGO

Ficha Técnica

Nome(s) popular(es): Acará do Congo, Ciclídeo Albino, White Convicts, Pink Convicts, Gold Convicts

Nome(s) científico(s): Amatitlania nigrofasciata, Archocentrus nigrofasciatus, Cichlasoma nigrofasciatum, Cryptoheros nigrofasciatus, Heros nigrofasciatus

Família: Ciclídeos

pH: 6 - 8

Temperatura: 20 - 36 ºC

Dureza da água: 6 - 8 dGH

Dismorfismo sexual: Os machos são maiores em comprimento e sua cabeça também costuma ser maior. As fêmeas trazem cores mais vibrantes e de coloração alaranjada no ventre e nas nadadeiras dorsais. Nos machos, assim como na maioria dos ciclídeos, as nadadeiras dorsal e anal vão ficando mais longas e pontiagudas à medida que ficam mais velhos.

Alimentação: Onívoros Origem geográfica: Reprodução selecionada (na natureza, são Ciclídeos Zebra)

O peixe conhecido pelo nome de Acará do Congo, assim como todos os outros Acarás, são da família dos Ciclídeos (Cichlidae). Como você deve ter percebido na ficha técnica acima, este peixe tem vários nomes científicos sinônimos, mas os mais usados para defini-lo são Amatitlania nigrofasciataArchocentrus nigrofasciatus. O Acará do Congo, na realidade, é a mesma espécie do Ciclídeo Zebra que, ao sofrer modificações através de reprodução selecionada, tornou-se um peixe de coloração leucística, ou seja, houve uma perda da pigmentação, resultando em uma coloração mais próxima do branco. Essa coloração leucística característica dos Acarás do Congo dá-se por uma mutação do tipo recessiva em um gene autossômico.

Portanto, a maior parte das informações relacionadas ao Acará do Congo também valem para o Acará Zebra e outros exemplares da mesma espécie!



Dismorfismo sexual


O Acará do Congo costuma ser monomórfico até atingir a maturidade sexual, quando passa a desenvolver sinais de dismorfismo sexual. Os machos são maiores comparados às fêmeas, e apresentam nadadeiras ventral, dorsal e anal mais pontiagudas, que costumam se estender em filamentos. Além disso, machos mais velhos costumam desenvolver com frequência nódulos de gordura na sua testa. As fêmeas, como dito, podem ser mais coloridas (apesar de que, em se tratando do Acará do Congo, isso ficará menos evidente) e apresentam uma coloração que vai do rosa ao laranja, na sua região ventral e também na nadadeira dorsal.



Habitat Natural

Os Acarás do Congo, como já dissemos, surgiram a partir de reprodução selecionada. Porém, em seu habitat natural, o Amatitlania nigrofasciata é nativo dos lagos da América Central, particularmente na região da Guatemala até a Costa Rica, bem como na costa oeste de Honduras e do Panamá.

Comportamento

O Acará do Congo é considerado um peixe bastante agressivo. Ele nunca deve ser colocado em um mesmo aquário com peixes menores ou com crustáceos e plantas mal fixadas. Porém, é um peixe que tolera muito bem a sua espécie, desde que os exemplares em um mesmo aquário tenham espaço suficiente (em torno de 180 litros para dois exemplares adultos).
Além disso, eles se dão bem com outras espécies de ciclídeos americanos de mesmo porte. Boas opções incluem: Ciclídeos Joia, Green Terrors (Aequidens rivulatus), Honduran Red Point (Amatitlania siquia) e o Ciclídeo Barra T (Cryptoheros sajica), dentre outros do mesmo porte.
Os Acarás do Congo adoram se esconder em tocas, assim como outros ciclídeos. Portanto, é interessante adicionar esconderijos no seu aquário. Um substrato mais fino e cobrindo uma maior altura do fundo do aquário também pode ser interessante, para que eles possam cavar esconderijos.

Reprodução

O Acará do Congo é extremamente fácil de se reproduzir em aquários. Basta colocar dois exemplares com água e comida suficiente que eles muito provavelmente vão se reproduzir. O Acará do Congo é um peixe monogâmico: após feito o casal, irão permanecer na mesma relação até o fim de suas vidas.
Eles também são considerados pais extremamente protetores. Ambos os pais (macho e fêmea) têm a capacidade de conduzir todas as tarefas de criação dos seus filhotes. Isso significa que, quando juntos no aquário com seus filhotes, eles irão dividir as tarefas de criação. Porém, se apenas um dos peixes estiver no aquário, ele também terá condição completa de criar seus filhotes.
A mãe, em algumas ocasiões, pode comer alguns dos filhotes, ainda juvenis. Se isso acontece, porém, o pai dos filhotes atacará a mãe, separando-a do resto do grupo. Se isso acontecer, pode ser necessário retirar a mãe do aquário ou separá-la através de uma tela.


Alimentação

O Acará do Congo é um peixe onívoro e muito pouco exigente em termos de alimentação. Qualquer ração para ciclídeos onívoros será o suficiente para alimentá-lo. Além disso, aceita uma grande variedade de alface e outros vegetais. Minhocas e coração de boi podem complementar sua dieta muito bem. O ideal é alimentar os Acarás do Congo 2 a 5 vezes por dia com pequenas pitadas, ao invés de uma grande quantidade poucas vezes ao dia. Isso ajudará o seu aquário a manter-se limpo por mais tempo.
Assim como todos os outros tipos de peixes, eles também se beneficiam de complexos vitamínicos e de sais minerais adicionados à sua alimentação.

Concluindo

O Acará do Congo é um peixe ótimo para aquaristas iniciantes, especialmente aqueles que simpatizam com ciclídeos americanos. Um aquário com pelo menos 180 litros irá manter dois exemplares adultos facilmente. Eles não são chatos para alimentação, bem como muito provavelmente irão se reproduzir no aquário, oferecendo uma belíssima experiência a iniciantes.
Apesar de serem peixes resistentes, eles não toleram poluentes e instabilidade do pH. Assim, é importante que sejam feitas trocas de pelo menos 15-20% do volume total de água, quinzenalmente.
Esse foi nosso artigo sobre os belíssimos Acarás do Congo! Se você gosta desse peixe, pretende criá-los ou já teve experiência com eles, deixe seu comentário! Até a próxima!